o Cruzeiro teve chances concretas para vencer o jogo contra
o Mineiro na casa do América, mas os erros da arbitragem e a mais uma vez a
postura defensiva do time impediram um bom resultado. O time celeste saiu na
frente, mas chutou pouco ao gol na primeira etapa.
No segundo tempo, voltou mais atrás e tomando pressão, até
que tomou o empate e em seguida a virada, com um pênalti inventado pelo péssimo
Héber Roberto Lopes. Só aí o time foi ao ataque, teve chances, foi prejudicado
de novo pela arbitragem e não conseguiu o empate. Mais um jogo com o Cruzeiro sendo
prejudicado, mas com a postura defensiva sendo adotada novamente pelo time,
buscando o gol com insistência somente após tomar a virada. O jogo serviu pelo
menos para mostrar que quem tem que ser o centroavante é o Marcelo Moreno, sem
discussão.
PRIMEIRO TEMPO
O Cruzeiro entrou em campo no estádio do América com Fábio,
Mayke, Leo, Wallace e Egídio; Nilton, Souza, Tinga e Marlone; Luan e Marcelo
Moreno. Início de jogo de muita pegada, com os dois times brigando pela bola e
fazendo um jogo muito truncado. Aos 5
minutos, boa chance em contra ataque celeste pela esquerda, mas o Marcelo
Moreno finalizou para o alto.
Jogo nervoso e com os dois times marcando forte, com as
defesas tendo que apelar para jogadas mais ríspidas. Aos 9 minutos bobeira na
marcação celeste pela esquerda, deixando o rival tabelar na linha de fundo e
tocar para o meio da área, com o Fernandino perdendo ótima chance.
As melhores jogadas do Cruzeiro eram todas pela esquerda do
ataque, mas as finalizações não eram com qualidade. O time celeste insistia nos
lançamentos e não jogava pela direita do ataque. Tinga corria, corria, mas nada
produzia de concreto na partida.
Até os 25 minutos, jogo truncado sem muitas chances com o
Cruzeiro finalizando muito mal, chutando somente duas vezes ao gol e muito
longe. Jogo com muitas faltas e o árbitro só na conversa, deixando de dar
cartões para o rival pelo menos em duas oportunidades.
SEGUNDO TEMPO
O Cruzeiro voltou sem modificações para a segunda etapa.
Logo aos 3 minutos o time celeste perdeu grande chance, quando Marcelo Moreno
tomou a bola do Otamandi na ponta esquerda e tocou para o Marlone isolar a bola
para o alto. Aliás, até os 10 minutos do segundo tempo, nada fez no jogo o
Marlone.
O time rival pressionava e ia com tudo ao ataque. Aos 9
minutos Alex Silva cruzou na área, a defesa celeste bobeou na marcação, com a
bola batendo nas costas do Mayke e sobrando na pequena área para o Marion empatar
o clássico.
O Cruzeiro voltou muito recuado e com dificuldades para sair
jogando e acabou tomando o gol de empate. O time celeste resolveu sair um pouco
mais e o Luan passou a ser mais acionado pela esquerda. Aos o atacante celeste
ganhou a bola pela esquerda e entrou na área. Otamendi chegou para cortar e a
boa bateu na mão do jogador, com o Luan parando a jogada para reclamar e o
árbitro não marcou nada. Foi pênalti, pois a mão do atleticano interferiu na
trajetória da bola. O pior foi o Luan ter parado de jogar e ficar esperando e
reclamando a marcação do lance, quando poderia ter seguido e feito o gol.
O jogo ganhou outra movimentação e os dois time buscavam o
tempo todo o gol. O Cruzeiro ia ao ataque, mas sentia a falta da criação no
meio, com o Marlone mal na partida. Era a hora do Álisson, mas o Marcelo
Oliveira demorava demais para mexer. Luan se movimentando muito pela esquerda e
tentando finalizar mais, mas sem a qualidade que se espera de um jogador do
Cruzeiro. Aos 21 o atacante deu belo chute ao gol, com a bola passando
triscando o travessão adversário.
Aos 24 minutos o árbitro inventou um pênalti ridículo para o
rival, marcando um empurrão do Léo no Leonardo Silva que não existiu. O
zagueiro cavou a falta caindo e o juiz de longe inventou essa. André cobrou mal
no meio do gol, mas o Fábio caiu para a esquerda e o Mineiro fez o segundo gol,
virando a partida. Aos 30 minutos Luan foi expulso pelo péssimo árbitro Héber
Roberto Lopes. O atacante acabou prejudicando o time, deixando o Cruzeiro com
um a menos.
Mesmo tendo feito as substituições e colocando Álisson e
William Farias no time, demorou demais para mexer no time o treinador celeste.
Não entendo o que faz o Tinga para ficar o jogo inteiro em campo, apenas para
tocar a bola para lá e para cá. Essa história de esperar tomar o gol para
mexer, já vimos antes.
Com um a menos, o time celeste buscava o empate e se
arriscava na defesa. Aos 41 minutos o Cruzeiro foi garfado escandalosamente
pela bandeirinha Fernanda Colombo Uliana, marcando um impedimento ridículo do
Álisson, que saia de frente para o gol e sozinho, após passe do Martinuccio,
que entrou tarde demais na partida. Aos 46 minutos Álisson aproveitou rebote na
área e chutou forte, com o goleiro batido e o zagueiro Otamendi salvou em cima da
linha.
O time celeste insistia e buscava o empate, mas o time rival
se segurou na defesa e esperou o relógio passar e conseguiu a vitória. Muita
reclamação por parte da comissão técnica e dos jogadores, com o péssimo árbitro
Héber Roberto Lopes ainda expulsando o Marcelo moreno após o jogo. Inventou um
pênalti e ainda impediu a chance de empate do Cruzeiro com a marcação errada da
bandeirinha, que já tinha saído de campo execrada na última rodada quando errou
claramente no jogo do São Paulo.
Mas não foi só a arbitragem que errou. Mais uma vez o
treinador demorou demais a mexer no time, colocando uma equipe defensiva
demais. Marcelo Oliveira só mexe depois que toma o gol e isso aconteceu
novamente no clássico. Não entendo essa postura que é colocada para o Cruzeiro,
jogar atrás e só ir nos contra ataques , esperando o resultado acontecer.
Quando não dá certo, o que tem acontecido várias vezes, é que o treinador pensa
em mudar.
Deveria ter mexido no time quando começou a tomar pressão do
adversário no segundo tempo. Não entendo os motivos do Tinga ficar em campo
hoje com as opções que o treinador tem. Quando mudou, o time mostrou que tinha
condições de sair com outro resultado, mesmo sendo operado pelo juiz e pela
bandeira.
Apesar da derrota e pela postura defensiva até tomar o
segundo gol, o time alternativo do Cruzeiro poderia ter vencido o jogo. O
adversário não mostrou muita coisa para vencer e o Cruzeiro se tivesse outra
postura antes, teria chances de vencer, como teve após as modificações. Na
minha opinião, o time tem um elenco forte para ser usado desde o início do jogo
e não só na hora de correr atrás. Luan titular o jogo inteiro também não foi a
melhor opção, poderia ter saído antes de perder a cabeça.
Agora é hora da concentração para a decisão da quarta-feira.
Postura nova, treinador! Time ganhador com ataque forte não pode jogar atrás!